Expedição Magalhães Global Adventure
All is Lost com Robert Redford
Hoje escrevo para sugerir um documentário especial que se chama: Expedição Magalhães Global Adventure, realizada pela Família Schurmann .
Como é de conhecimento de muitos velejadores, a Família Schurmann é uma família brasileira famosa por velejar ao redor do mundo. É composta por Vilfredo Schürmann e Heloísa Schürmann, e seus filhos Pierre Schürmann, David Schürmann, Wilhelm Schürmann e Kat Schürmann . Eles foram a primeira família brasileira a circunavegar o mundo em um veleiro.
O sonho de refazer a rota do navegador português Fernão de Magalhães nasceu antes mesmo dos Schürmann retornarem ao Brasil da primeira viagem em 1994. Foram três anos de planejamento para o projeto: a expedição Magalhães Global Adventure. Em 23 de novembro de 1997, a família, no veleiro Aysso, iniciou essa nova volta ao mundo, dessa vez com a pequena Kat Schürmann, filha caçula do casal, de apenas cinco anos de idade, que hoje está lá no céu curtindo as aventuras dessa família que realizou esse gesto maravilhoso de adoção da Kat..
A Família Schürmann percorreu 32.657 milhas (ou 60.481 quilômetros), durante 912 dias, passando por 48 portos, 31 ilhas, 19 países e nove territórios. A expedição foi acompanhada em 44 países, pela internet.
O documentário pode ser assistido através do Netflix, vale a pena ver!
Bons Ventos!
All is Lost com Robert Redford
Depois de uma semana de muito sol entre o Natal e Ano Novo em Angra, tive que me esconder do sol, então, só me restou assistir filmes, foi aí que descobri a dica de hoje: All is Lost, com Robert Redford, produzido em 2013 nos Estados Unidos.
O filme conta a história de um navegador experiente (Robert Redford) que está viajando pelo Oceano Pacífico, quando uma colisão com um contâiner leva à destruição parcial do veleiro. Ele consegue remendar o casco, mas terá a difícil tarefa de resistir às tormentas e aos tubarões para sobreviver, além de contar apenas com mapas e com as correntes marítimas para chegar ao seu destino em razão de uma pane elétrica.
Para velejadores pouco experientes o filme é uma aula de segurança a bordo e sobrevivência no mar. Ensina como lhe dar com situações pelas quais ele passou sem entrar em desespero... Redford é o único membro do elenco. O filme quase não tem diálogo, mas nem por isso deixa de ser excelente!
Vale muito a pena assistir! O título foi traduzido para "Tudo está Perdido"
Infelizmente ainda não está no Netflix, é preciso assistir em outros sites...
Bons Ventos!
Cem Dias Entre Céu e Mar - Amyr Klink
Cem Dias Entre
Céu e Mar é mega indicado! Gostei muito do que li especialmente porque é um
livro que pode nos ensinar bastante sobre como o homem é pequeno em relação ao
magnífico mundo que está a sua volta, sobre como podemos atuar de forma melhor com
o que está ao nosso redor e sobre como devemos interagir melhor e entender o
mundo em que vivemos.
Trata-se de um livro sobre
aventuras, determinação e vitória, vividas por Amyr Klink em 1984. A obra possui
vários momentos que um leitor em busca de emoções pode desejar. Apesar de ser
um livro sem agitações, sem correria, é um livro que mexe com nossa imaginação,
pois traduz uma história real, não traz ficção. Lendo pude me imaginar
navegando pelo atlântico no barco a remo, mas apenas imaginação, pois não teria
a metade da coragem de Amyr, risos. Durante cem dias, entre baleias, tubarões,
peixes, ondas, tempestades oceânicas e, ainda, com a alimentação racionada, é
muita aventura para mim!
Mas, essa coragem que me falta sobra em Amyr
Klink que se valeu das experiências anteriores para desenhar o desafio de
realizar uma travessia solitária num pequeno barco a remo (“lâmpada flutuante”,
apelido dado ao barco por Amyr) entre a África e a Bahia. A baía escolhida
como ponto de partida, em que está situado o porto de Lüderitz, foi descoberta
por Bartolomeu Dias, em 1487.
A preparação da viagem é tão rica em
coincidências como a revista com capa da Namíbia, o contato com Maurice, o
encontro com Henrique Lüderitz, o abajur com a carta náutica tão
desejada, o retrato na casa de Helena da casa de Amyr em Parati..., enfim, após
tantas coincidências durante os preparativos da viagem, a história não poderia
ser deferente da vivida.
As fortes emoções são vividas diante das grandes
tempestades enfrentadas, dos sustos com os ataques dos tubarões por vários dias seguidos, da
ausência de vento, mas, também por gratas surpresas, como a companhia dos
peixes dourados, e da aproximação de uma família de baleias com filhotes.
Tudo foi planejado meticulosamente. A rotina
proposta era de remar oito horas por dia, de fazer cálculos precisos e de
preparar a refeição desidratada. Amyr vence de forma espetacular o maior medo
do velejador: o medo de nunca partir. Ele traduz os sentimentos de forma
brilhante e ressalta que o medo de quem navega não é o mar, mas a terra e nos
faz ensina que no mar, o menor caminho entre dois pontos não é necessariamente
o mais curto, mas aquele que conta com o máximo de
condições favoráveis, razão pela qual escolheu o roteiro executado na
travessia.
Além de suas
aventuras, Amyr nos presenteia no meio da narrativa de sua travessia
solitária, com os relatos de expedições marítimas de três navegadores que
fizeram a conquista do pólo sul.
Mais uma brilhante narrativa desse
destemido e perfeccionista velejador.
Até a próxima aventura!
Olá Pessoal!
“Dever de capitão" e "Capitão Phillips"
Segue nova dica
de leitura e filme que retrata a história verídica, vivida em abril de 2009,
pelo americano Richard Phillips, 53 anos, que ganhou destaque no noticiário
internacional após ter ficado refém de um grupo de quatro piratas somalis que
tentou sequestrar o cargueiro Maersk Alabama, que ele conduzia até o porto
queniano de Mombaça. O capitão permaneceu em poder dos sequestradores, num bote
salva-vidas, por cinco dias. A operação de resgate exigiu um aparato
cinematográfico da Marinha americana e terminou com a morte de três piratas,
atingidos por atiradores de elite, e a prisão do quarto, levado para os Estados
Unidos, onde foi julgado e condenado a mais de 30 anos de prisão.
Phillips contou a sua versão dos fatos no
livro “Dever de capitão”, que a editora Intrínseca lançou recentemente no
Brasil.
A crítica afirma que Capitão Phillips tem
tudo para ser o filme que dará o terceiro Oscar ao ator Tom Hanks que, ao viver
o papel do Capitão nessa eletrizante história real, encarna um homem ao mesmo tempo
incomum e igual a todos nós.
Um detalhe crucial que prende o interesse dos
cinéfilos é a humanização dos vilões. Os quatro piratas somalis que sequestram
o navio mercante e colocam seu capitão e tripulantes sob a mira de
metralhadoras são alucinados e agressivos, como seria de se esperar, aliás,
interpretados com muita garra por atores não profissionais, Barkhad
Abdi (líder da gangue), Barkhad Abdirahman, Faysal Ahmed e Mahat M. Ali. O
roteiro retrata o ambiente de onde partem esses terroristas magricelos,
esfomeados, ameaçados pela mira de armas pelos senhores da guerra e
do crime para lançar-se ao mar e conquistar seus butins.
Tudo isso é
feito de maneira precisa, sem justificar qualquer violência que eles cometam.
Trata-se, apenas, de situá-los num contexto humano e geopolítico que permite
compreender o mecanismo diabólico que os cria.
O filme também
mostra a origem de Richard Phillips (Tom Hanks). Ele é um pacato pai de família
de meia-idade, morador em Vermont (EUA), pai de dois filhos adultos, casado há
anos com Andrea (Catherine Keener). Alguém que deixa o conforto de uma vida
organizada de forma tradicional para arriscar-se numa das mais perigosas rotas
do mundo, ao comandar um navio cargueiro que parte de Omã, na península
Arábica, e deveria levar alimentos para o Quênia.
Vale a pena ver
o filme e ler a obra!
Olá!
PARATII – Entre Dois Pólos
O livro que
recomendo esta semana chama-se PARATII
– Entre Dois Pólos, de Amyr Klink. Você irá velejar com um
comandante experiente e dotado de grandes aventuras em seu currículo. Amyr é
extremamente habilidoso ao narrar esta história, é uma unanimidade como
navegador e escritor.
Paratii – Entre Dois Pólos
conta a aventura de passar um ano inteiro na Antártica, sendo que seis meses
imobilizado no gelo, tendo a companhia apenas de pingüins, albatrozes e leões
marinhos.
A viagem do Paratii começou muito antes da partida
de Jurumirim, na verdade, sobre uma mesa de tampo redondo com a assinatura de
um contrato em maio de 1986. O contrato era um compromisso das ideias dele,
fruto de muitas aventuras e de mais trabalho que qualquer outra viagem poderia
causar. O contrato foi escrito a bordo do Rapa
Nui. No contrato estava explicado em detalhes tudo o que ele pretendia
fazer, de que modo o faria e quanto custaria a proeza a ser realizada.
O Paratii foi feito em alumínio, tem 25
toneladas, vinte um metros de mastro, três anos e meio de autonomia completa a
bordo! Como diz Amyr “uma nave vermelha avançando, dia e noite, sem parar, para
o sul”.
A aventura teve
início no final de 1989, partindo de Jurumirim, e perdurou por 22 meses,
ficando 15 meses sem ver árvores!
A cada 45 minutos,
com a ajuda de despertador, ele dava uma rápida olhada nos instrumentos, no
comportamento das velas e no horizonte, para não ser surpreendido com navios
indesejáveis, toras de madeiras, icebergs, barcos a deriva e demais imprevistos
a que ficam sujeitos os velejadores. Amyr velejou solitário ao todo mais de 50
mil milhas em direção ao continente gelado do sul – Antártica.
Ao chegar à
Antártica Amyr fundeou na Baia de Dorian e como se já não
fosse uma aventura espetacular chegar a Antártica, ele ainda foi até as
geleiras do polo Norte!
Amyr trouxe em sua
bagagem dois punhados de pedrinhas, sendo um da Antártica e outro do Ártico,
como símbolos do sonho concretizado!
Até a próxima
aventura e bons ventos!
Oi Pessoal,
Retratos de Viagem – Caribe e Mediterrâneo – As Crônicas de um Navegador
O terceiro livro que indico a
vocês chama-se “Retratos de Viagem – Caribe e Mediterrâneo – As Crônicas de um
Navegador’, escrito por Osvaldo Hoffmann Filho, cuja aventura se deu no veleiro Zimbros.
Falar sobre o Zimbros para mim é uma grande
satisfação, pois trata-se de um veleiro de 36 pés, feito em Porto Alegre nos
estaleiros Delta, esse barco é o meu sonho de consumo!!! Seu acabamento é
lindo!!! Um dia eu chego lá!, risos.
O projeto é do
argentino Nestor Volker e foi para a água no dia 2 de fevereiro de 2001, dia de
Iemanjá. Seu porto de parada é o Iate Clube Porto Belo em Santa Catarina.
Ao completar 50 anos
o autor decidiu “se mandar em etapas”, daí surgiu o projeto de partir com o Zimbros rumo ao Norte. A primeira etapa
foi ir de Porto Belo até Paranaguá.
As próximas etapas
eram chegar a Baía de Angra dos Reis. Depois de Angra, o rumo era abastecer em
Cabo Frio e ir até Vitória, no Espírito Santo. De Vitória, partiram para
Salvador e participaram da XV Refeno. Foram para Natal, no Rio Grande do Norte,
e depois para o Ceará onde visitaram uma das praias mais belas do mundo:
Jericoacoara! Velejaram até São Luís, no Maranhão, onde foram traçadas as
estratégias para velejar até Trinidad & Tobago, chegando finalmente nas
águas caribenhas.
Do Caribe partiram para
o Triângulo das Bermudas, depois para Açores e Algarves, no sul de Portugal. O Zimbros foi para Sevilha e depois
Inglaterra, enfim, velejou pelo Mediterrâneo e retornou pelas Canárias, realizando
inúmeras aventuras e passando por diversos contratempos.
Li o livro em apenas
um final de semana, primeiro porque meu sonho e velejar até o Caribe; segundo
porque o meu desejo de consumo é um Delta 36, bem diferente de meu Brasília 32
(que tanto amo!).
Isto sem falar no
fato de que o Comandante, assim como eu, é do signo de Aquário, um signo do ar.
Diz o Comandante que “uma sala fechada para mim é uma prisão e sinto que a
rotina é como uma doença que mata homeopaticamente. Nunca consigo ficar parado
e sempre quero estar em lugares diferentes daqueles do meu dia a dia. Mas, apesar
de tudo, meu cotidiano é comum, minhas ideias são banais e sou uma pessoa que
já há muito tempo desistiu de mudar o mundo. Quando estou no mar, entretanto, me
sinto diferente. Enfrentar desafios e vencer meus próprios medos, em certos momentos,
me fazem sentir quase como um herói”.
A propósito, a
melhor notícia vem agora: o livro pode ser baixado gratuitamente do site da Delta Yacht http://www.deltayachts.com.br/site/img/pdfs/Revista2.pdf
Bons Ventos!
Primeiras Dicas de Leitura!
Olá Pessoal,
Esta é a
minha primeira publicação de dicas de leitura no blog e como não poderia deixar
de ser, decidi homenagear, representando os aventureiros e amantes do mar,
a Família
Schürmann. Sou fã dessa família há muitos anos! A
coragem e determinação para velejar por 10 anos num período em que não havia
tantos recursos como nos dias de hoje é realmente surpreendente, sem falar no
fato de que velejaram com os filhos ainda crianças!
O segundo
livro que li, também é relativo a aventuras no mar, foi o escrito pela
matriarca Heloisa
Schürmann, trata-se do livro em que a matriarca
explica o “Pequeno Segredo de Kat”, a filha adotada, aos 3 anos de idade, em
1995. É uma história que traz inúmeras lições de vida! Obra que deve ser lida
por qualquer pessoa, independentemente do interesse por velejar!
Seguem
algumas informações dos livros citados:
10 anos
no Mar
A Família Schürmann é uma família brasileira famosa por velejar ao redor do mundo.
É composta por Vilfredo Schürmann e Heloísa Schürmann, e seus filhos Pierre
Schürmann, David Schürmann, Wilhelm Schürmann e Kat Schürmann. Eles foram a
primeira família brasileira a dar a volta ao mundo em um veleiro.
Partiram de Florianópolis, Santa
Catarina em 1984 e passaram dez anos. velejando pelos
oceanos Atlântico, Pacífico e Índico.
Os filhos cresceram a bordo, estudando por correspondência. Wilhelm foi o único
dos filhos que permaneceu dez anos ininterruptos no veleiro. Em 1988, Pierre decidiu
estudar Administração de Empresas nos Estados
Unidos, onde morou até 1994. David desembarcou na Nova Zelândia,
em 1991, onde se formou em
Cinema e Televisão.
Com a experiência de vida cujo valor é
inestimável, os filhos aprenderam diversos idiomas e culturas diferentes, vale
a pena ler!
Pequeno
Segredo - As lições de Kat para a Família Schürmann
Por mais de dez anos, os velejadores da família Schürmann, que trocaram a vida confortável em
Santa Catarina pela vida em um barco, guardaram um segredo. A volta ao mundo e
o estilo de vida pouco usual para época e que ainda causa espanto nos dias de
hoje, foram contados em livro. Mas, o casal Vilfredo e Heloisa e os filhos
Pierre, David e Wilhem tiveram de aprender a conciliar a exposição à imprensa com
aquilo que não podiam revelar - a pequena Katherine, adotada aos 3 anos, em
1995, era soropositiva.
Heloisa reuniu forças que só Deus pode dar e desabafou a dor pela morte
da filha. Em “Pequeno Segredo - A Lição de Vida de Kat para a Família Schürmann”, ela fala sobre a difícil decisão de adotar uma
criança portadora de HIV, as viagens pelo mundo, as dificuldades para conseguir
atendimento médico e sobre como Kat transformou a vida da família.
O livro, mais que uma história sobre HIV, é uma história de vida, uma
lição de amor ao próximo! Muitos pais de crianças diabéticas ou com intolerância
alimentar não viajam, mal saem de casa. Menciona Heloisa que “há possibilidades
abertas a todas as crianças. É preciso lutar. As pessoas às vezes colocam um
ponto final antes do tempo."
O livro de tão especial que é, um meio que toca o coração das pessoas, virará
um filme, cujas novidades podem ser acompanhadas na página do livro no facebook: https://www.facebook.com/pequenosegredolivro.
Bons Ventos!
Divido a Dor ,para poder Amenizar a falta que nos sentimos ..Deixando suas lembranças como um Vento Norte se transformando em Brisa e assim seguirmos em frente .Aprendemos Amar e fazer parte de suas vidas através de suas Histórias, com muitas Aventuras.Aguardando com muita Alegria,desejando : Bons Ventos!!!!
ResponderExcluirAlguém lendo em 2019??
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